A atividade a seguir destina-se aos alunos de Letras da Faculdade Unida de Suzano - Unisuz - embora seja um espaço público de discussão e criação.
Leia as diferentes versões do poema Canção do Exílio, originalmente escrito pelo poeta Gonçalves Dias, coloque um comentário sobre a temática dos textos e, em seguida, proponha sua versão para o poema com base no Brasil de hoje...bom trabalho!!
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
De Primeiros cantos (1847)
Gonçalves Dias
CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
Oswald de Andrade
CANÇÃO DO EXÍLIO ÀS AVESSAS
Minha Dinda tem cascatas
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem coqueiros
Da ilha de Marajó
As aves, aqui, gorjeiam
não fazem cocoricó.
O meu céu tem mais estrelas
Minha várzea tem mais cores.
Este bosque reduzido
Deve ter custado horrores.
E depois de tanta planta,
Orquídea, fruta e cipó
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem piscina,
Heliporto e tem jardim
Feito pelas Brasil’s Garden
Não foram pagos por mim.
Em cismar sozinho à noite
Sem gravata e paletó
Olho aquelas cachoeiras
Onde canta o curió.
No meio daquelas plantas
Eu jamais me sinto só.
Não permita Deus que eu tenha
de voltar pra Maceió.
Pois no meu jardim tem lago
Onde canta o curió
E as aves que lá gorjeiam
São tão pobres que dão dó.
Minha Dinda tem primores
de floresta tropical
Tudo ali foi transplantado
Nem parece natural
Olho a jabuticabeira
Dos tempos da minha avó.
não permita Deus que eu tenha
de voltar pra Maceió.
Até os lagos das carpas
São de água mineral.
Da janela do meu quarto
Redescubro o Pantanal
Também adoro as palmeiras
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Finalmente, aqui na Dinda,
Sou tratado a pão-de-ló
Só faltava envolver tudo
Numa nuvem de ouro em pó.
E depois de ser cuidado
Pelo PC com xodó,
não permita Deus que eu tenha
de voltar pra Maceió.
JÔ SOARES
AGORA É A SUA VEZ!! ESCREVA SUA VERSÃO PARA A CANÇÃO DO EXÍLIO!!
O TEXTO DE RELATA,SOBRE A VIDA NO MUNDO INTEIRO E SUAS INCERTEZAS,ÉPOCAS DIFERENTIS COM OCORRIDOS JAMAIS IMAGINADO.
ResponderExcluirNARRA , SOBRE COISAS QUE NUNCA IMAGINARIA-MOS QUE SERIA POSSÍVEL, OU FATOS NO MUNDO TODO QUE PUDESSEM ACONTECER, E ACONTECERAM DE UMA HORA PARA OUTRA ,MUDANDO TOTALMENTE O RUMO PREVISTO NA HISTÓRIA.
POR ESTES MOTIVOS , NÃO PODEMOS TER CERTEZA DE NADA NO FUTORO,E O QUE NOS ESPERA .
A Canção do Exílio conta a saudade daqueles que estão longe de casa.Hoje não temos mais esse cenário bucólico, mas estar fora do Brasil, seja por que motivo for, faz lembrar não esse Brasil de todo dia, mas o Brasil que significa nossa casa. O lugar onde nascemos, crescemos e esperamos viver bem, com respeito e dignidade. O Brasil que tem palmeiras e onde canta o sabiá.
ResponderExcluirCanção do Progresso
Minha terra tem bosques de concreto
Prédios envidraçados, pontes estaiadas
Pássaros de prata, que não cantam
Mas voam em nosso céu
Nas estradas asfaltadas
Animais coloridos, prateados ou pretos
Correm com suas patas emborrachadas
E quando o céu se faz cinza ou preto
Vem a chuva, as vezes ameaçadora
As vezes suave
É nesse momento,
Em que a água lava o mundo
Que vemos o brilho das estrelas
E ouvimos pássaros cantar.
A canção do exílio, mostra que o Brasil é um país que deixa saudades a quem parte, ficando explícito que aqui é uma terra boa, da qual, até os sabias sentem prazer em cantar.
ResponderExcluirCanção da cidade
Minha cidade tem mais praças
Minhas praças tem mais jovens
Os jovens nao tem emprego
Na praça os jovens continuam.
As ruas que aqui se anda, tem buraco
É preciso muito cuidado
quando circular para cá.
O povo tem esperança
de progresso e de amor
Para ouvir os sabiás cantando
alegres na cidade melhor.
esse poema fala da saudade de quem esta longe dos seus entes queridos e de sua terra amada,uma terra distante que talves nao existe mais....Canção de Exilio Moderno
ResponderExcluirNessa terra sem madeira,
Onde tinha Sabiá,
As aves, que aqui ficavam,
Foram levadas para lá.
Nesse céu sem estrelas,
Nessa várzea sem flores,
Nossas florestas sem vida,
Vivendo aos prantos e dores.
Sem dormir uma só noite,
Sem prazer de cá ficar,
Nossa terra sem fronteiras,
A antiga terra do Sabiá.
Naquela terra de mil valores,
Fauna e flora não têm mais lá,
O dia virará noite,
Meu passado ficou lá,
Aquilo virou só poeira,
De lá se foi o Sabiá.
Não permitirei que essa terra morra,
Na esperança dela se regenerar,
Comer dos frutos de lá plantados,
Que não nascem por cá,
Replanto a floresta de boas madeiras,
E o Sabiá volta a cantar.
Gonçalves Dias quando escreveu a canção do exílio, demonstrou todo o seu saudosismo em relação à pátria,e o seu temor em morrer sem conseguir rever as belezas da terra natal.
ResponderExcluirMinha casa tem goteira
ResponderExcluirOnde a chuva faz moiá
Minha cama e os trabessero
Minhas roupa, inté o sofá
Nossos móvel tá tão podre
Nossas traia tem bolor
Nossos balde já tá cheio
Mais nóis tem algum valor
Quando chove toda a noite
Nóis num tem como escapá
Minha casa tem goteira
Onde a chuva faz moiá
Na minha casa eu sinto as dor
De tanto tê que arrastá
Os móvel de um lado pro otro
Sem sabê onde deixá
Minha casa tem goteira
Onde a chuva faz moiá
Peço a Deus que eu não morra
Que eu consiga escapá
Que eu não sinta mais as dor
Que eu não tenha que arrastá
E que eu conserte as goteira
Onde a chuva faz moiá.
Minha terra tem crianças
ResponderExcluirOnde nascem sem parar
As crianças que aqui nascem
Não têm lugar pra ficar
Nosso céu está escuro
Nossas margens, secas estão...
Nossos parques estão vazios,
Sem destino pra mudar...
Só de pensar, sozinho, à noite
Mais desgostoso fico de lá.
Minha terra tem crianças...
Sem lugar pra ficar;
Minha terra tem mais temores
Que tais não há como acabar
Só de pensar sozinho à noite,
Mais desgostoso fico de lá,
Minha terra tem crianças
Sem lugar pra ficar.
Não permita Deus, que eu parta,
Sem que eu veja tudo mudar;
Acabar os terrores...
Que não consiga deixar pra lá!
E sem que aviste as crianças
Com lugar pra ficar.
Fátima Paes disse ...
ResponderExcluirCanção para Suzano
Em Suzano tem de tudo
Flores, festas, riqueza e pobreza
Um povo trabalhador
Que luta e que inventa
Há também o lado negro
Violência, miséria e desigualdade
Que todos nós esperamos
Diminua com o tempo
Minha terra tem gente boa
Que vem de todos os lados
Filhos de portugueses, italianos e japoneses
Hoje filhos de Suzano
Aqui tenho o que quero
Daqui não pretendo sair
Minha família, amigos, trabalho
Que em Suzano construi
Canção do exílio, fala da saudade do que já foi conhecido, mas que nem pela distância é esquecido.
ResponderExcluirPedido ao meu Senhor
O meu sonho desde pequeno era uma terra pra cercá
Uns gadinho no curral, umas galinha prá criá
Mas hoje eu vejo a terra seca, sem a aguá prá molhá
Meu coração tá tão rachado que nem chão de se písá
Andei por todas essas banda procurando encontrá
Um relento, um esperança, uma casa pra morá
A seca me levou tudo, não tenho onde ficá
Olho pras minhas crianças e a dor é de amargá
Mas pela minha família é que não posso desisti
O sofrimento é muito grande, mas eu tenho que insistí
Peço a Deus nosso Senhô que sempre esteja em minha frente
Que despenque lá do céu litros de água corrente.
Quésia
Nossa amiga amei o seu, muito bom!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirREALIDADE DO SÉCULO XXI
ResponderExcluirINFELIZMENTE, EM MINHA TERRA
JÁ NÃO HÁ TANTAS PALMEIRAS,
SABIÁS QUE AQUI CANTAVAM
FORAM PARA OUTRO LUGAR,
COM TANTA POLUIÇÃO
NÃO SABEMOS ONDE VAMOS PARAR.
NOSSAS VIAS TEM MAIS AUTOMÓVEIS,
NOSSAS MATAS ESTÃO MORRENDO,
COM O AR CADA VEZ MAIS ESCURO DE FUMAÇA
A VIDA VAI DESAPARECENDO...
OH TERRA DE TRABALHADORES PERSISTENTES,
POVO QUE ENFRENTA TANTA DIFICULDADE
SENDO OBRIGADOS A AGUENTAR
TANTA INJUSTIÇA NESSE LUGAR ,
ENQUANTO SUAMOS PARA VIVER DIGNAMENTE,
HÁ ALGUNS NO SENADO MALFEITORES E INSOLENTES
TENTANDO ACABAR COM A ESPERANÇA E ALEGRIA
DE TODA NOSSA GENTE.
E O BELO CANTO DOS SABIÁS ONDE ESTÃO?
AQUI NINGUÉM MAIS OS OUVIU CANTAR.
Dayane A. Arruda
A canção do exilio relata a vida daqueles tidos como herois de nossa terra e que tiveram que se exilar em pátria estranha por conta dos movimentos politicos daqui do nosso querido Brasil.
ResponderExcluirMinha terra tem belezas. Invejada por quase todo Brasil. Mas também tem guerrilhas criticadas por mundo vil. Mas permita a Deus antes que eu morra que se tenha paz nos morros e as crianças ao inves de criminalidade tenham intruções da verdade.Olhai, Senhor por nossas crianças que sofrem com as constantes violências dos morros cariocas.
ResponderExcluirGonçalves Dias exalta o Brasil por meio das declarações bucólicas. O poema cria um ambiente de profunda nostalgia do poeta, contrastando com o ambiente europeu o qual está inserido.
ResponderExcluirBrasil-zil-zil
Minha terra têm violas cantando glórias.
Tem batuques e atabaques de um povo feliz,
ao som dos Katuquinarus cantando as vitórias.
Dos Hocchiku, povo sábio, agricultura motriz.
Minha terra tem Gil e Caetano cantando o amor
Tem Amado sim sinhô, Bahia, a grande Salvador.
Prosa boa, Chico Buarque, Têm o Cristo Redentor
Como disse meu sinhô... a terra boa seu dotô.
Tiago Di Moura
Gonçalves Dias ao escrever o poema Canção do Exílio, revelou o amor a sua pátria e a saudade de todas as belezas naturais do país.
ResponderExcluirNa minha versão falarei do momento crítico em que vive o Rio de Janeiro.
Canção do Rio
Minha terra está em guerra,
pra acabar com está festa.
É hora da faxina,
Há corpos por toda esquina.
O fogo é resposta de bandido,
As vítimas são as mulheres e meninos.
Até que enfim o governo está reagindo,
Deixando o Rio limpo.
No Complexo do Alemão,
Como ratos que são.
Os piores do Rio de Janeiro,
Saem pelos bueiros.
É triste assistir de longe,
Com o coração aos montes.
E o povo pedindo paz,
Até quando isso vai?
Minha terra tem cantoria
ResponderExcluirTem amor e harmonia
Tem muita festa e alegria
A cada noite e a cada dia
Minha terra tem amores
Rancores não mora lá
Porque foi onde eu nasci
Onde canta o sabiá
Essa canção é muito linda, nos trás umka paz atravé de cadaestrofe, se feicharmos os olhos, viajamos por essa terra tão maravilhosa pelos campos e palmeiras onde canta o sabiá.
ResponderExcluirGostei muito da criatividade de meus colegas, cada um com seu estilo.
Os versos da Canção do exílio deixa claro a saudade que sente, aqueles que foram obrigados a sua terra abandonar. E que se Deus for miseridordioso, a essa terra ainda irão voltar.
ResponderExcluirQuando regressar
Minha terra traz saudade,
Como era bom viver lá,
Mas com muita prosperidade
A essa terra vou regressar
Voltarei com muita felicidade,
E a todos vou beijar,
Agradecer a festividade,
E ninguém mais abandonar.
Concordo, com a ANA LUCIA ALVARENGA.
ResponderExcluirE essa canção nos deixa com saudade e desejo de regressar a terra natal.
O poeta lembra a infância, os amores do passado,e antes de mais nada, um homem que, sente-se só, exilado, e é arrastado pela memória até sua terra natal. "Canção do exílio" é uma obra prima da literatura universal.
ResponderExcluirÉ fantástico como estas versões da canção foram escritas, o lirismo demonstra paixão incondicional pela terra.
ResponderExcluirA cidade está em guerra
Como nunca vi eu cá
Quem sabe um dia muda
Devo estar presente lá.
A canção é um texto clássico da literatura e mostra como o patriotismo existia nesta época.
ResponderExcluirEsta terra esqueceu-se das palmeiras
Vejo só poluição
Dizem tanto dos costumes
Quero ver a solução.
Herica 4302 - 2º LETRAS
Gisele rgm 4638 2ºLetras
ResponderExcluirGonçalves Dias com o poema canção do exílio ele quis retratar o amor pela Pátria e a saudades das belezas naturais do nosso País.
Aureni caldeira rgm: 4844 2º Letras
ResponderExcluirEssa passagem retrata a questão da saudade da terra natal,do amor do passado que fica em sua memória.
RAQUEL 4139
ResponderExcluirGonçalves Dias exalta o Brasil com declarações bucólicas. O poema cria um ambiente de profunda nostalgia, o eu lírico saudoso revelou o amor a sua pátria e a saudade de todas as belezas naturais do país.