sexta-feira, 12 de março de 2010

ATIVIDADES CIENTÍFICO-CULTURAIS DO CURSO DE LETRAS 2010

A atividade a seguir destina-se aos alunos de Letras da Faculdade Unida de Suzano - Unisuz - embora seja um espaço público de discussão e criação.
Leia as diferentes versões do poema Canção do Exílio, originalmente escrito pelo poeta Gonçalves Dias, coloque um comentário sobre a temática dos textos e, em seguida, proponha sua versão para o poema com base no Brasil de hoje...bom trabalho!!


CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

De Primeiros cantos (1847)
Gonçalves Dias




CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra

Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo

Oswald de Andrade



CANÇÃO DO EXÍLIO ÀS AVESSAS

Minha Dinda tem cascatas
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem coqueiros
Da ilha de Marajó
As aves, aqui, gorjeiam
não fazem cocoricó.
O meu céu tem mais estrelas

Minha várzea tem mais cores.
Este bosque reduzido
Deve ter custado horrores.
E depois de tanta planta,
Orquídea, fruta e cipó
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem piscina,

Heliporto e tem jardim
Feito pelas Brasil’s Garden
Não foram pagos por mim.
Em cismar sozinho à noite
Sem gravata e paletó
Olho aquelas cachoeiras
Onde canta o curió.
No meio daquelas plantas

Eu jamais me sinto só.
Não permita Deus que eu tenha
de voltar pra Maceió.
Pois no meu jardim tem lago
Onde canta o curió
E as aves que lá gorjeiam
São tão pobres que dão dó.
Minha Dinda tem primores

de floresta tropical
Tudo ali foi transplantado
Nem parece natural
Olho a jabuticabeira
Dos tempos da minha avó.
não permita Deus que eu tenha
de voltar pra Maceió.
Até os lagos das carpas

São de água mineral.
Da janela do meu quarto
Redescubro o Pantanal
Também adoro as palmeiras
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Finalmente, aqui na Dinda,

Sou tratado a pão-de-ló
Só faltava envolver tudo
Numa nuvem de ouro em pó.
E depois de ser cuidado
Pelo PC com xodó,
não permita Deus que eu tenha
de voltar pra Maceió.

JÔ SOARES

AGORA É A SUA VEZ!! ESCREVA SUA VERSÃO PARA A CANÇÃO DO EXÍLIO!!

26 comentários:

  1. SÉRGIO C.SOUZA RGM:44517 de abril de 2010 às 06:56

    O TEXTO DE RELATA,SOBRE A VIDA NO MUNDO INTEIRO E SUAS INCERTEZAS,ÉPOCAS DIFERENTIS COM OCORRIDOS JAMAIS IMAGINADO.
    NARRA , SOBRE COISAS QUE NUNCA IMAGINARIA-MOS QUE SERIA POSSÍVEL, OU FATOS NO MUNDO TODO QUE PUDESSEM ACONTECER, E ACONTECERAM DE UMA HORA PARA OUTRA ,MUDANDO TOTALMENTE O RUMO PREVISTO NA HISTÓRIA.
    POR ESTES MOTIVOS , NÃO PODEMOS TER CERTEZA DE NADA NO FUTORO,E O QUE NOS ESPERA .

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  2. M Cristina Cimminiello19 de abril de 2010 às 11:58

    A Canção do Exílio conta a saudade daqueles que estão longe de casa.Hoje não temos mais esse cenário bucólico, mas estar fora do Brasil, seja por que motivo for, faz lembrar não esse Brasil de todo dia, mas o Brasil que significa nossa casa. O lugar onde nascemos, crescemos e esperamos viver bem, com respeito e dignidade. O Brasil que tem palmeiras e onde canta o sabiá.

    Canção do Progresso

    Minha terra tem bosques de concreto
    Prédios envidraçados, pontes estaiadas
    Pássaros de prata, que não cantam
    Mas voam em nosso céu
    Nas estradas asfaltadas
    Animais coloridos, prateados ou pretos
    Correm com suas patas emborrachadas
    E quando o céu se faz cinza ou preto
    Vem a chuva, as vezes ameaçadora
    As vezes suave
    É nesse momento,
    Em que a água lava o mundo
    Que vemos o brilho das estrelas
    E ouvimos pássaros cantar.

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  3. Emerson Luiz do Carmo19 de abril de 2010 às 17:49

    A canção do exílio, mostra que o Brasil é um país que deixa saudades a quem parte, ficando explícito que aqui é uma terra boa, da qual, até os sabias sentem prazer em cantar.

    Canção da cidade


    Minha cidade tem mais praças
    Minhas praças tem mais jovens
    Os jovens nao tem emprego
    Na praça os jovens continuam.
    As ruas que aqui se anda, tem buraco
    É preciso muito cuidado
    quando circular para cá.
    O povo tem esperança
    de progresso e de amor
    Para ouvir os sabiás cantando
    alegres na cidade melhor.

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  4. esse poema fala da saudade de quem esta longe dos seus entes queridos e de sua terra amada,uma terra distante que talves nao existe mais....Canção de Exilio Moderno

    Nessa terra sem madeira,
    Onde tinha Sabiá,
    As aves, que aqui ficavam,
    Foram levadas para lá.

    Nesse céu sem estrelas,
    Nessa várzea sem flores,
    Nossas florestas sem vida,
    Vivendo aos prantos e dores.

    Sem dormir uma só noite,
    Sem prazer de cá ficar,
    Nossa terra sem fronteiras,
    A antiga terra do Sabiá.

    Naquela terra de mil valores,
    Fauna e flora não têm mais lá,
    O dia virará noite,
    Meu passado ficou lá,
    Aquilo virou só poeira,
    De lá se foi o Sabiá.

    Não permitirei que essa terra morra,
    Na esperança dela se regenerar,
    Comer dos frutos de lá plantados,
    Que não nascem por cá,
    Replanto a floresta de boas madeiras,
    E o Sabiá volta a cantar.

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  5. Gonçalves Dias quando escreveu a canção do exílio, demonstrou todo o seu saudosismo em relação à pátria,e o seu temor em morrer sem conseguir rever as belezas da terra natal.

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  6. Minha casa tem goteira
    Onde a chuva faz moiá
    Minha cama e os trabessero
    Minhas roupa, inté o sofá

    Nossos móvel tá tão podre
    Nossas traia tem bolor
    Nossos balde já tá cheio
    Mais nóis tem algum valor

    Quando chove toda a noite
    Nóis num tem como escapá
    Minha casa tem goteira
    Onde a chuva faz moiá

    Na minha casa eu sinto as dor
    De tanto tê que arrastá
    Os móvel de um lado pro otro
    Sem sabê onde deixá
    Minha casa tem goteira
    Onde a chuva faz moiá

    Peço a Deus que eu não morra
    Que eu consiga escapá
    Que eu não sinta mais as dor
    Que eu não tenha que arrastá
    E que eu conserte as goteira
    Onde a chuva faz moiá.

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  7. Ana Carolina Bassi Alves3 de junho de 2010 às 08:55

    Minha terra tem crianças
    Onde nascem sem parar
    As crianças que aqui nascem
    Não têm lugar pra ficar

    Nosso céu está escuro
    Nossas margens, secas estão...
    Nossos parques estão vazios,
    Sem destino pra mudar...

    Só de pensar, sozinho, à noite
    Mais desgostoso fico de lá.
    Minha terra tem crianças...
    Sem lugar pra ficar;

    Minha terra tem mais temores
    Que tais não há como acabar
    Só de pensar sozinho à noite,
    Mais desgostoso fico de lá,
    Minha terra tem crianças
    Sem lugar pra ficar.

    Não permita Deus, que eu parta,
    Sem que eu veja tudo mudar;
    Acabar os terrores...
    Que não consiga deixar pra lá!
    E sem que aviste as crianças
    Com lugar pra ficar.

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  8. Fátima Paes disse ...

    Canção para Suzano

    Em Suzano tem de tudo
    Flores, festas, riqueza e pobreza
    Um povo trabalhador
    Que luta e que inventa

    Há também o lado negro
    Violência, miséria e desigualdade
    Que todos nós esperamos
    Diminua com o tempo

    Minha terra tem gente boa
    Que vem de todos os lados
    Filhos de portugueses, italianos e japoneses
    Hoje filhos de Suzano

    Aqui tenho o que quero
    Daqui não pretendo sair
    Minha família, amigos, trabalho
    Que em Suzano construi

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  9. Canção do exílio, fala da saudade do que já foi conhecido, mas que nem pela distância é esquecido.

    Pedido ao meu Senhor

    O meu sonho desde pequeno era uma terra pra cercá
    Uns gadinho no curral, umas galinha prá criá
    Mas hoje eu vejo a terra seca, sem a aguá prá molhá
    Meu coração tá tão rachado que nem chão de se písá

    Andei por todas essas banda procurando encontrá
    Um relento, um esperança, uma casa pra morá
    A seca me levou tudo, não tenho onde ficá
    Olho pras minhas crianças e a dor é de amargá

    Mas pela minha família é que não posso desisti
    O sofrimento é muito grande, mas eu tenho que insistí
    Peço a Deus nosso Senhô que sempre esteja em minha frente
    Que despenque lá do céu litros de água corrente.

    Quésia

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  10. REALIDADE DO SÉCULO XXI

    INFELIZMENTE, EM MINHA TERRA
    JÁ NÃO HÁ TANTAS PALMEIRAS,
    SABIÁS QUE AQUI CANTAVAM
    FORAM PARA OUTRO LUGAR,
    COM TANTA POLUIÇÃO
    NÃO SABEMOS ONDE VAMOS PARAR.

    NOSSAS VIAS TEM MAIS AUTOMÓVEIS,
    NOSSAS MATAS ESTÃO MORRENDO,
    COM O AR CADA VEZ MAIS ESCURO DE FUMAÇA
    A VIDA VAI DESAPARECENDO...

    OH TERRA DE TRABALHADORES PERSISTENTES,
    POVO QUE ENFRENTA TANTA DIFICULDADE
    SENDO OBRIGADOS A AGUENTAR
    TANTA INJUSTIÇA NESSE LUGAR ,
    ENQUANTO SUAMOS PARA VIVER DIGNAMENTE,
    HÁ ALGUNS NO SENADO MALFEITORES E INSOLENTES
    TENTANDO ACABAR COM A ESPERANÇA E ALEGRIA
    DE TODA NOSSA GENTE.

    E O BELO CANTO DOS SABIÁS ONDE ESTÃO?
    AQUI NINGUÉM MAIS OS OUVIU CANTAR.

    Dayane A. Arruda

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  11. A canção do exilio relata a vida daqueles tidos como herois de nossa terra e que tiveram que se exilar em pátria estranha por conta dos movimentos politicos daqui do nosso querido Brasil.

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  12. Marcia - verso de uma verdadeira carioca22 de setembro de 2010 às 13:33

    Minha terra tem belezas. Invejada por quase todo Brasil. Mas também tem guerrilhas criticadas por mundo vil. Mas permita a Deus antes que eu morra que se tenha paz nos morros e as crianças ao inves de criminalidade tenham intruções da verdade.Olhai, Senhor por nossas crianças que sofrem com as constantes violências dos morros cariocas.

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  13. Gonçalves Dias exalta o Brasil por meio das declarações bucólicas. O poema cria um ambiente de profunda nostalgia do poeta, contrastando com o ambiente europeu o qual está inserido.



    Brasil-zil-zil

    Minha terra têm violas cantando glórias.
    Tem batuques e atabaques de um povo feliz,
    ao som dos Katuquinarus cantando as vitórias.
    Dos Hocchiku, povo sábio, agricultura motriz.

    Minha terra tem Gil e Caetano cantando o amor
    Tem Amado sim sinhô, Bahia, a grande Salvador.
    Prosa boa, Chico Buarque, Têm o Cristo Redentor
    Como disse meu sinhô... a terra boa seu dotô.


    Tiago Di Moura

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  14. Gonçalves Dias ao escrever o poema Canção do Exílio, revelou o amor a sua pátria e a saudade de todas as belezas naturais do país.
    Na minha versão falarei do momento crítico em que vive o Rio de Janeiro.


    Canção do Rio

    Minha terra está em guerra,
    pra acabar com está festa.
    É hora da faxina,
    Há corpos por toda esquina.

    O fogo é resposta de bandido,
    As vítimas são as mulheres e meninos.
    Até que enfim o governo está reagindo,
    Deixando o Rio limpo.

    No Complexo do Alemão,
    Como ratos que são.
    Os piores do Rio de Janeiro,
    Saem pelos bueiros.

    É triste assistir de longe,
    Com o coração aos montes.
    E o povo pedindo paz,
    Até quando isso vai?

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  15. Ana Lucia Alvarenga RGM 41057 de dezembro de 2010 às 01:19

    Minha terra tem cantoria
    Tem amor e harmonia
    Tem muita festa e alegria
    A cada noite e a cada dia

    Minha terra tem amores
    Rancores não mora lá
    Porque foi onde eu nasci
    Onde canta o sabiá

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  16. Ana Lucia Alvarenga RGM 41057 de dezembro de 2010 às 01:24

    Essa canção é muito linda, nos trás umka paz atravé de cadaestrofe, se feicharmos os olhos, viajamos por essa terra tão maravilhosa pelos campos e palmeiras onde canta o sabiá.
    Gostei muito da criatividade de meus colegas, cada um com seu estilo.

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  17. Priscila Marques RGM 317414 de dezembro de 2010 às 13:45

    Os versos da Canção do exílio deixa claro a saudade que sente, aqueles que foram obrigados a sua terra abandonar. E que se Deus for miseridordioso, a essa terra ainda irão voltar.

    Quando regressar

    Minha terra traz saudade,
    Como era bom viver lá,
    Mas com muita prosperidade
    A essa terra vou regressar

    Voltarei com muita felicidade,
    E a todos vou beijar,
    Agradecer a festividade,
    E ninguém mais abandonar.

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  18. Concordo, com a ANA LUCIA ALVARENGA.
    E essa canção nos deixa com saudade e desejo de regressar a terra natal.

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  19. O poeta lembra a infância, os amores do passado,e antes de mais nada, um homem que, sente-se só, exilado, e é arrastado pela memória até sua terra natal. "Canção do exílio" é uma obra prima da literatura universal.

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  20. Jefferson 4356 - 2º LETRAS22 de fevereiro de 2012 às 05:58

    É fantástico como estas versões da canção foram escritas, o lirismo demonstra paixão incondicional pela terra.

    A cidade está em guerra
    Como nunca vi eu cá
    Quem sabe um dia muda
    Devo estar presente lá.

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  21. Herica 4302 - 2º LETRAS22 de fevereiro de 2012 às 06:22

    A canção é um texto clássico da literatura e mostra como o patriotismo existia nesta época.

    Esta terra esqueceu-se das palmeiras
    Vejo só poluição
    Dizem tanto dos costumes
    Quero ver a solução.

    Herica 4302 - 2º LETRAS

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  22. Gisele rgm 4638 2ºLetras

    Gonçalves Dias com o poema canção do exílio ele quis retratar o amor pela Pátria e a saudades das belezas naturais do nosso País.

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  23. Aureni caldeira rgm: 4844 2º Letras
    Essa passagem retrata a questão da saudade da terra natal,do amor do passado que fica em sua memória.

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  24. RAQUEL 4139
    Gonçalves Dias exalta o Brasil com declarações bucólicas. O poema cria um ambiente de profunda nostalgia, o eu lírico saudoso revelou o amor a sua pátria e a saudade de todas as belezas naturais do país.

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